WSL 2023 e Indie Rock por Diego 1st Song Music – Aloha! Apresentamos a nova matéria do canal Diego 1st Song Music para o portal Condição Atual com as novidades e polêmicas do Circuito Mundial de Surf 2023 e as novidades da música independente neste mês de Maio de 2023. Aproveitem e boa leitura!
Apresentamos o novo álbum “Everything at Once” da banda norte-americana Cathedral Bells. A banda de Rock Alternativo de Orlando, Flórida – EUA.
Lançado em 19 de Maio de 2023 o álbum contém 13 faixas ao estilo Rock Alternativo, Post Punk e Shoegaze dentre os destaques as faixas “Everything at Once”, “Void” e “Further to Forget”. Confira o álbum a seguir:
Apresentamos o novo lançamento da excelente banda Dress Warm o EP “Stepping Away”. O lançamento é o segundo trabalho da banda texana após o lançamento do EP “A Cowboy on Ice” em 2022.
O álbum contém cinco faixas sendo elas “Spewing”, “Unfamiliar Features”, “At Least You Tried”, “Knew” e “Fortune Teller”. O DNA de Indie Rock ao estilo Groove e Southern característico da banda texana aliado aos estilos Bedroom Pop e Garage Rock estão presente em todas as faixas sendo perfeito, por exemplo, para sessões de música Lounge, roadtrip e momentos de descanso.
“Stepping Away” está disponível nos principais serviços de streaming de músicas. Confira a prévia do álbum a seguir:
A banda inglesa de Blues e Pop britânica Nature TV lança o novo single “Illusion” em parceria com a gravadora Heist or Hit. A banda vem fazendo sucesso com o público britânico em seus últimos lançamentos como o EP “Nighshift”.
A banda possui em seu DNA o Blues, Jazz e Pop Britânico com letras bem produzidas e uma groove vibe que contagia os fãs nos shows, festas ou mesmo sozinho.
“Illusion” possui duas versões uma regular sem cortes e edições e outra especialmente para as rádios e vocês podem conferir a versão para as rádios logo a seguir:
A banda alemã de Folk Alternativo Sylvan Weekends lançou o EP “Outliers” em 5 de Maio de 2023. O primeiro álbum da banda contém cinco faixas ao estilo Folk sendo elas: “Every Day”, “Symmetry”, “Young and Freewheeling”, “Outliers”, “185”.
Sylvan Weekends produz excelentes videoclipes de covers ao estilo musical Folk em suas mídias sociais da banda. O EP “Outliers” está disponível nos principais serviços de streaming de músicas e vocês podem conferir o álbum logo a seguir:
O Rip Curl Pro Bells Beach 2023 foi realizado entre os dias 4 e 14 de Abril de 2023. O evento de 2023 foi especial pois a etapa de Bells Beach comemorou 60 anos de realização. Bells, como é carinhosamente conhecida é considerada por muitos, a mais tradicional etapa do circuito mundial de surf, sendo o evento que há mais tempo figura no calendário das competições.
Bells fica localizada no estado de Nova Gales do Sul – Austrália, as lendárias direitas de Bells não apresentaram as melhores condições de surf, por este motivo as disputas foram dívidas entre o point de “Winkpop” e o pico principal de Bells Beach.
A etapa foi vencida pelos conterrâneos os aussies Ethan Ewing no masculino e Tyler Wright no feminino. Outro destaque do evento foi a aposentadoria do excelente surfista e medalhista de bronze nas Olimpíadas de Tóquio 2021, o australiano Owen Right.
Houve polêmicas em relação ao critério de julgamento de notas dos atletas. O atleta brasileiro Filipe Toledo foi, na visão da mídia e do público, o atleta mais prejudicado no evento. Toledo chegou a disputa da semifinal contra o australiano Ethan Ewing que se sagrou o campeão do evento. O resultado controverso foi contestado na mídia, Ethan venceu a bateria com notas absolutamente contestáveis ao analisar o nível de surf apresentado por ambos os atletas.
O representante do “Brazilian Storm” Filipe Toledo, foi claramente prejudicado pois na semifinal foi o atleta que apresentou o surf mais radical cumprindo com o critério de julgamento dos juízes de “Speed”, “Power and Flow” tão aclamado pela entidade organizadora do evento.
Terminada primeira etapa do que é considerada a perna australiana de surf o próximo evento foi realizado em Western Australia (Oeste Australiano), nas pesadas ondas de Margaret River.
O Western Australia Margaret River Pro foi o segundo evento da perna australiana de surf realizado entre os dias 20 e 30 de Abril de 2023. As disputas foram realizadas no “Main Break” de Margaret River e mais uma vez “The Box”, que é o point com as ondas mais pesadas e tubulares, ficou de fora apesar de ter apresentado condições de surf durante a janela do campeonato.
Como de costume ocorreram polêmicas nos julgamentos das notas, destaque para a bateria entre Ethan Ewing e Italo Ferreira no qual o brasileiro foi prejudicado, em especial no julgamento de sua primeira nota após a realização de um aéreo Full Rotation (giro completo ao redor do corpo) em onda da série no qual obteve apenas a nota 6,77 dos juízes. A onda em questão merecia no mínimo uma nota 8 segundo analistas de surf competição como o ex-Head Judge da WSL o comentarista Icaro Cavalheiro.
As decisões foram entre as atletas Tyler Wright e Carissa Moore na categoria feminina e o norte-americano Griffin Colapinto e o brasileiro Gabriel Medina no masculino. Medina sagrou-se campeão do evento, no masculino, com um backside de alto nível como a muito não se via no tour. Gabriel executou manobras verticais nas sessões críticas das ondas. Mais uma vez tivemos um representante do “Brazilian Storm” colocando a bandeira brasileira no local mais alto do pódio.
No feminino a disputa entre a aussie Tyler Wright e a havaiana Carissa Moore foi disputada em boas ondas. Vitória merecida da pentacampeã mundial de surf a atleta Carissa Moore. Em sua trajetória rumo ao título desta etapa, Carissa conseguiu uma virada histórica contra a atleta norte-americana Lakey Peterson nas quartas de final. A havaiana surfou em alto nível ao longo de todo o evento.
O resultado histórico conquistado por Carissa Moore, igualou o recorde da australiana e ex-surfista profissional Layne Beachley em número de etapas vencidas no circuito mundial de surf na categoria feminina. A havaiana possui todas as condições de superar o recorde se isolando como a surfista que mais venceu etapas na elite do surf mundial na história do surf feminino. Parabéns Carissa Moore e Gabriel Medina pelo título desta etapa!
As baixas do evento foram os atletas cortados do restante da temporada. Desde a temporada 2022 que a organização implantou o sistema de corte no número de atletas após a 5ª etapa do circuito, que marca exatamente a metade da temporada. Os atletas não classificados para a segunda metade da temporada disputam a divisão de acesso, o Challenger Series que possibilita reclassificação para a temporada 2024 da elite do circuito mundial.
No time brasileiro tivemos as baixas dos atletas Samuel Pupo e Michael Rodrigues que não conseguiram a classificação para a segunda metade da temporada. Jadson André também não disputará o título em 2023 pois sofreu lesão e por este motivo está fora do restante da temporada. Jadson pode receber o Wild Card por lesão porém só voltará as competições na temporada 2024 conforme as novas regras da WSL.
No time dos estrangeiros destaque para a queda dos atletas Kolohe Andino, Isabella Nichols, Macy Callaghan e Sally Fitzgibbons que disputarão o Challenger Series em busca da reclassificação a Elite do Surf mundial.
Kelly Slater e Johanne Defay receberam o Wild Card da WSL e continuarão na disputa do título mundial de surf da temporada 2023 como também estão classificados para a primeira metade da temporada 2024 como todos os atletas que continuam na disputa pelo título da temporada.
O WSL Finals assim como o Midseason Cut (corte de meio de temporada) tira a meritocracia do tour. O antigo formato era mais justo com os atletas classificados ao CT (Circuito Mundial) disputando todas as etapas. Os campeões mundiais eram os atletas que obtinham a maior somatória de pontos ao longo da temporada, ou seja, uma competição de pontos corridos onde sagrava-se campeão mundial de surf o atleta que somava a maior quantidade de pontos em todas as etapas.
O Challenger Series, divisão de acesso ao circuito mundial, permite aos atletas se reclassificarem novamente a elite do tour. A opinião pessoal, que compartilho com todos os leitores é a de que os atletas classificados a elite do circuito mundial de surf merecem disputar todas as etapas, ao final da temporada, os atletas com menores somatórias de pontos disputarem a divisão de acesso na temporada seguinte.
O Surf Ranch Pro foi realizado entre os dias 27 e 28 de Maio de 2023 em Lemoore, California – EUA, na piscina de ondas do Kelly Slater. Os vencedores do evento foram os atletas Griffin Colapinto no masculino e Carissa Moore na categoria feminina. Mais uma vez polêmicas nos critérios de julgamento. Atletas brasileiros foram claramente prejudicados entre eles Filipe Toledo, Gabriel Medina e Italo Ferreira.
Destaque para as baterias de Gabriel Medina e Italo Ferreira. A bateria entre Gabriel e Ethan Ewing terminou rigorosamente empatada na somatória das notas de ambos os atletas sendo o critério de desempate a maior nota obtida entre os competidores. O australiano Ethan Ewing levou a melhor pois obteve a maior nota da bateria com um 9,07. A opinião dos analistas especializado no surf, é que Medina recebeu notas abaixo do que foi apresentado em suas ondas surfadas, o critério de julgamento “subjetivo” favoreceu o atleta australiano.
Na final do masculino Italo Ferreira claramente surfou melhor que o norte-americano Griffin Colapinto. O potiguar recebeu um 8,43 dos juízes, em uma direita ao qual surfou melhor que seu adversário merecendo uma nota maior e ficando com o título da etapa.
Visível que o critério de julgamento “subjetivo” por parte dos juízes da WSL, sempre que possível, segura as notas dos brasileiros enquanto os atletas, por exemplo, recebem notas melhores ainda que apresentem manobras de qualidade inferior aos brasileiros.
A primeira etapa do Challenger Series, o Boost Mobile Gold Coast Pro, válido pela divisão de acesso ao Circuito Mundial de Surf, foi realizada na Gold Coast, Queensland – Austrália entre os dias 6 e 13 de Maio de 2023.
Na categoria masculina, o representante do “Brazilian Storm”, o atleta Samuel Pupo sagrou-se o grande vencedor da etapa conseguindo um excelente resultado em sua corrida em busca da reclassificação para a elite do Surf Mundial. Na categoria feminina vitória da atleta australiana India Robinson. Samuel venceu o havaiano Imaikalani deVault na final já India Robinson venceu a atleta Sawyer Lindblad .
A segunda etapa do Challenger Series ocorreu entre os dias 17 e 22 de Maio de 2023. O GWM Sydney Surf Pro foi sediado na cidade de Sydney, Nova Gales do Sul – Austrália. A etapa foi finalizada no último domingo dia 21 de Maio no Brasil.
Os vencedores do GWM Sydney Surf Pro foram os atletas Cole Houshmand na categoria masculina e Isabella Nichols na categoria feminina. O norte-americano venceu o atleta ex elite do Circuito Mundial Jacob Wilcox na final já Isabella Nichols venceu a veterana Sally Fitzgibbons na categoria feminina. Destaque que ambas as finalistas foram atletas veteranas da elite mundial do Surf e nesta temporada estão disputando o Challenger Series pois não conseguirem a classificação para a segunda metade do Circuito Mundial de Surf 2023.
As próximas etapas a serem realizadas vocês conferem a seguir:
MAIO
1ª Etapa: Mai 6 – 13 Boost Mobile Gold Coast Pro – Gold Coast, Queensland – Austrália
2ª Etapa: Mai 17 – 24 GWM Sydney Surf Pro – Sydney, NSW, Austrália
JULY
3ª Etapa: Jul 2 – 9 Ballito Pro Presented By O’Neill – Ballito, KwaZulu-Natal, África do Sul
4ª Etapa: Jul 29 – Aug 6 US Open of Surfing Presented By Pacifico – Huntington Beach, Califórnia, Estados Unidos
OUTUBRO
5ª Etapa: Out 1 – 8 EDP Vissla Pro Ericeira Presented By Estrella Galicia PT – Ribeira D’Ilhas, Ericeira, Portugal
6ª Etapa: Out 14 – 21 Corona Saquarema Pro – Saquarema, Rio de Janeiro, Brasil
O Surf Ranch Pro 2023 foi realizado entre os dias 27 e 28 de Maio de 2023. Atletas e funcionários trabalharam até o período noturno, horário local da Califórnia, em função das disputas dos primeiros rounds da competição.
Competir na piscina de ondas de Slater, em período noturno, atrapalha a leitura de ondas dos atletas ainda que com a iluminação adequada. A surfista Caitlin Simmers, uma das novatas do tour, ao meio da repescagem em entrevista para Strider Wasilewski e, após a sua bateria, para a entrevistadora Luiza Florence, frisou de forma descontraída com relação ao horário das disputas das baterias estarem sendo realizada até tarde da noite.
Atletas profissionais de alto desempenho necessitam de repouso adequado após as competições, para recuperar o condicionamento físico e manter o desempenho em alto nível. Na etapa do Surf Ranch Pro 2023 o descanso dos atletas não ocorreu da maneira adequada. Sem contar as polêmicas nos critérios de julgamento que vem ocorrendo com frequência ao longo da temporada e que se tornaram a repetir nesta etapa.
Na transmissão da WSL em português foi destacado que houve erros de julgamentos das notas. Os comentaristas porém deixaram claro que na visão deles não houve má-fé. Segundo a imprensa especializada que cobre o esporte os erros têm sido frequentes.
Erros quando cometidos com frequência e geralmente contra atletas de uma bandeira especifica demonstra tendência em privilegiar atletas de determinadas nacionalidades em detrimento de outras.
Infelizmente os atletas brasileiros têm sido prejudicados com frequência. Na história do Surf mundial, durante anos os brasileiros assistiram Americanos, Australianos e Havaianos dominarem o Circuito Mundial de Surf. Os surfistas brasileiro sem infraestrutura financeira e logística adequada com muito esforço fizeram frente aos surfistas desses países.
Em situação análoga a vívida pelos brasileiros, atletas australianos, havaianos e norte-americanos eram patrocinados por grandes empresas do setor e tinham a infraestrutura adequada para se desenvolverem no esporte obtendo resultados expressivos.
Heróis como Renan Rocha, Fabio Gouveia, Neco e Teco Padaratz , Amaro Matos (do Tombo), Icaro Cavalheiro, Léo Neves, Raoni Monteiro, Silvana Lima, Tinguinha Lima, Vitor Ribas entre outros… até o começo dos anos 2000 conseguiram com muito esforço bons resultados. O Brasil por muito tempo sequer figurava o topo da elite do Surf Mundial, aceitamos e trabalhamos em silêncio para melhorar o nível dos atletas nacionais.
A ascensão brasileira no circuito mundial de surf começou em meados de 2010 em especial na categoria masculina. O primeiro título expressivo da história do Surf brasileiro veio em 2014 com o título mundial do surfista Gabriel Medina. O Brasil, desde então, domina as ações e conquistou o primeiro Ouro Olímpico da história do Surf na categoria masculina, com o atleta Italo Ferreira nas Olimpíadas de Tóquio 2020.
A exemplo de comparação o Brasil dominou o cenário do futebol mundial durante algumas décadas. Atualmente o país já não figura mais entre as melhores seleções do mundo e, há anos que nenhum jogador de futebol brasileiro ganha o prêmio de melhor jogador do mundo. O português Cristiano Ronaldo e o argentino Lionel Messi dominaram os holofotes nos últimos anos.
As reclamações por parte dos surfistas brasileiros são pertinentes. O Brasil atualmente é o país do Surf, a etapa que mais leva público a praia também é brasileira, o esporte cresce e se desenvolve ao longo de toda costa. Não somos ainda melhores pois existem problemas estruturais pelo qual o país ainda luta para sanar dificultando a ascensão de mais atletas a elite do surf mundial.
A geração brasileira que ascendeu e domina o circuito mundial de surf sofre, de forma velada, com erros frequentes nos critérios de julgamentos nas principais competições de surf ao redor do planeta. A WSL demonstra estar perdida em organização e planejamento. Erros nos critérios “subjetivos” de julgamento das notas tem contemplado atletas de países específicos como Austrália e Estados Unidos.
Os brasileiros precisam surfar em seu melhor nível, arriscando em manobras com maior grau de dificuldade para obter as melhores notas. Atletas de outras nacionalidades arriscam menos em suas manobras e obtém notas altas do grupo de juízes. Dois pesos e duas medidas?
Os custos para a realização das etapas são realmente altos. A maneira como a WSL tem administrado o circuito mundial de surf prejudica o esporte e principalmente os atletas. Midseason Cut, Challenger Series (financeiramente ruins aos atletas) e WSL Finals visam um maior crescimento das receitas da organização em detrimento do esporte e dos atletas que são os verdadeiros artistas do “show business”.
Lembrando que os atletas estrangeiros, beneficiados pelos critérios de julgamentos, pelo que se tem conhecimento, não possuem nenhum tipo de responsabilidade com os erros cometidos pela comissão de juízes da WSL. Australianos, havaianos e norte-americanos estão sujeitos a erros mas, por coincidência do destino, atletas de outras nacionalidades estão sendo contemplados com resultados nem sempre justos.
Entre os atletas brasileiros que ainda estão na disputa do título de 2023, união é a palavra de ordem. Os atletas estrangeiros se espelharam na união dos brasileiros para retomarem o protagonismo do surf mundial. Agora além de união, nós brasileiros precisamos melhorar toda a infraestrutura do surf nacional permitindo nossos jovens talentos ascenderam a elite do circuito mundial de surf e manter a hegemonia que um dia foi de outras nações.
Porventura protestos por parte da torcida brasileira sejam feitos de forma pacífica e inteligente.
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Diego 1st Song Music – “Hope You All Enjoy It”
Diego Benedito
Imagens: Diego Benedito | WSL
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